17 de out. de 2016

Até te conhecer

Até te conhecer,
eu não decifrava os escribas de Deus.
Hoje lhe peço mais dias a ti e, se for dele intento, contigo.

Até te conhecer,
eu não mais cria no amor-d’Os-Antanhos.
Hoje por nossos abraços de horas tu sentes meu peito em furor.

Até te conhecer,
eu não lia cor mesmo em flor fluorescente.
Hoje brigam girassóis por qual te será o meu mimo ao café.

Até te conhecer,
eu sucumbia aos meus íncubos vícios.
Hoje sustento-me em ti e por ti por seres meu membro e em mim.

Até te conhecer,
eu não rimava paixão com teu nome.
Hoje todo alexandrino é rascunho raso às minhas serenatas.

Até te conhecer,
eu nunca exerci a minha apoteose
de limbo até sonho, de lodo até Lótus, de ignorar-me até te conhecer.



Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?